Pascoal, por humildade, permaneceu um simples irmão leigo, exercendo as funções de porteiro e ajudante dos serviços gerais. Bom, caridoso e obediente às regras da Ordem, fazia penitência constante, alimentando-se muito pouco e mantendo-se em constante oração. Por causa de sua origem pobre, não possuía nenhuma formação intelectual, porém era rico em dons transmitidos pelo Espírito Santo, possuindo uma sabedoria inata.
Era tão carismático que a ele recorriam ilustres personalidades para aconselhamento, até mesmo o seu provincial, que lhe confiou a tarefa perigosa de levar documentos importantes para Paris. Essa viagem Pascoal fez a pé, descalço e com o hábito de franciscano, arriscando ser morto pelos calvinistas.
Defensor extremado de sua fé, travou grande luta contra os calvinistas franceses, que negavam a eucaristia. Apesar da sua simplicidade, Pascoal era muito determinado quando se tratava de dissertar sobre sua espiritualidade e conhecimentos eucarísticos.
Foi autor de um pequeno livro de sentenças que comprovam a real presença de Cristo na eucaristia e o poder sagrado transmitido ao sumo pontífice. Por isso foi considerado um dos primeiros e mais importantes teólogos da eucaristia.
Ele morreu no dia 17 de maio de 1592, aos cinqüenta e dois anos, em Villa Real, Valência. Em 1690, foi canonizado. O papa Leão XIII nomeou são Pascoal Baylon patrono das obras e dos congressos eucarísticos.
Júlia, italiana, nasceu em Santa Maria Capua Vetere, na província de Caserta, em 13 de outubro de 1846, tendo como pai Diego Salzano, capitão dos lanceiros de Fernando I, rei de Nápolis, e como mãe Adelaide Valentino.
Órfã de pai aos quatro anos, foi confiada para a sua formação às Irmãs da Caridade no Orfanato Real de São Nicolau "La Strada", onde permaneceu até os quinze anos de idade. Diplomada professora, recebeu o encargo de ensinar na Escola Municipal de Casória, em Nápolis, para onde se transferiu com a família em 1865.
Junto ao ensino, manifestou um notável interesse pelo catecismo para educar na fé as crianças, os jovens e os adultos, cultivando, ao mesmo tempo, a devoção à Virgem Maria. Propagou, o amor e o culto ao Sagrado Coração.
Pela sua constante preocupação de fazer passar por meio do ensino e do testemunho a doutrina e a vida de Jesus Cristo, em 1905 fundou a Congregação das Irmãs Catequistas do Sagrado Coração, ocasião em que vestiu o hábito e se consagrou definitivamente a Cristo.
Eleita superiora, dedicou sua vida no carisma da catequese e, por isso, afirmava: "Ensinarei sempre o catecismo, até o meu último sopro de vida. E vos asseguro que morreria contentíssima lecionando o catecismo".
Exortava, também, as suas filhas: "Em qualquer hora, a irmã catequista deve sentir-se disposta a instruir os pequeninos e os ignorantes; não deve medir os sacrifícios requeridos por este ministério, antes deveria desejar morrer no cumprimento do próprio dever, se assim fosse do agrado de Deus".
Um outro Beato, Ludovico de Casória, predisse-lhe, quase profeticamente: "Cuida de não cair na tentação de abandonar as crianças da nossa querida Casória, porque a vontade de Deus é que vivas e morras entre elas". E assim foi.
"Dona Julieta", como era chamada pelos cidadãos de Casória, morreu, com fama de santidade, no dia 17 de maio de 1929, nessa cidade napolitana, aos oitenta e três anos de idade. A sua Congregação se expandiu não somente pelas cidades italianas, como também em outras na Europa, Canadá, Brasil, Filipinas, Peru e Índia, para difundir a evangelização e a promoção humana.
Em 2002, o papa João Paulo II a beatificou, designando a festa da beata Júlia Salzano para o dia de seu transito. Além disto, pelo seu carisma ele a designou "Mulher Profeta da Nova Evangelização".
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