A penitência marcou a
vida de Margarida que nasceu em 1247, em Alviano, Itália. Foi por causa de sua
juventude, período em que experimentou todos os prazeres de uma vida voltada
para as diversões mais irresponsáveis.
Margarida ficou órfã
de mãe, quando ainda era muito criança. O pai se casou de novo e a pequena
menina passou a sofrer duramente nas mãos da madrasta. Sem apoio familiar, ela
cresceu em meio a toda sorte de desordens, luxos e prazeres. No início da
adolescência se tornou amante de um nobre muito rico e passou a desfrutar de
sua fortuna e das diversões mundanas.
Um dia, porém, o homem
foi vistoriar alguns terrenos dos quais era proprietário e foi assassinado.
Margarida só descobriu o corpo, alguns dias depois, levada misteriosamente até
ele pela cachorrinha de estimação que acompanhara o nobre na viagem. Naquele
momento, a moça teve o lampejo do arrependimento. Percebeu a inutilidade da
vida que levava e voltou para a casa paterna, onde pretendia passar o resto da
vida na penitência.
Para mostrar
publicamente sua mudança de vida, compareceu à missa com uma corda amarrada ao
pescoço e pediu desculpas a todos pelos excessos da sua vida passada. Só que
essa atitude encheu sua madrasta de inveja, que fez com que ela fosse expulsa
da paróquia. Margarida sofreu muito com isso e chegou a pensar em retomar sua
vida de luxuria e riqueza. No entanto, com firmeza conseguiu se manter dentro
da decisão religiosa, procurando os franciscanos de Cortona e conseguindo ser
aceita na Ordem Terceira.
Para ser
definitivamente incorporada à Ordem teria que passar por três anos de provação.
Foi nesta época que ela se infligiu as mais severas penitências, que foram
vistas como extravagantes, relatadas nos antigos escritos, onde se lê também
que a atitude foi tomada para evitar as tentações do demônio. Seus superiores
passaram a orienta-la e isso a impediu de cometer excessos nas penitências.
Aos vinte e três anos
Margarida de Cortona, como passou a ser chamada, foi premiada com várias
experiências de religiosidade que foram presenciadas e comprovadas pelos seus
orientadores espirituais franciscanos. Recebeu visitas do anjo da guarda, teve
visões, revelações e mesmo aparições de Jesus, com quem conversava com
freqüência durante suas orações contemplativas.
Ela percebeu que o
momento de sua morte se aproximava e foi ao encontro de Jesus serenamente, no
dia 22 de fevereiro de 1297. Margarida de Cortona foi canonizada pelo Papa
Bento XIII em 1728 e o dia de sua morte indicado para a sua veneração
litúrgica.
A Cátedra de São Pedro
era comemorada em duas datas, que marcaram as mais importantes etapas da missão
deixada ao apóstolo pelo próprio Jesus. A primeira, em 18 de janeiro se
comemorava a sua posse em Roma, a segunda, em 22 de fevereiro, marca o
aparecimento do Cristianismo na Antioquia, onde Pedro foi o primeiro bispo.
Por se tratar de uma
das mais expressivas datas da Igreja o martirológio decidiu unificar os dois
dias e festejar apenas o dia 22 de fevereiro, que é a mesma data do livro
"Dispositio Martyrum", único motivo da escolha para a
celebração.
Cátedra significa símbolo da autoridade e do magistério do bispo. É daí que se
origina a palavra catedral, a igreja-mãe da diocese. Estabeleceu-se então, a
Cátedra de São Pedro para marcar sua autoridade sobre toda a Igreja, inclusive
sobre os outros apóstolos.
Sem dúvida alguma foi
o mais importante dos escolhidos por Jesus Cristo. Recebendo a incumbência de
se tornar a pedra sobre a qual seria edificada Sua Igreja, Pedro assumiu seu
lugar de líder, atendendo a vontade explícita de Jesus, que lhe assinalou a
tarefa de "pascere" em grego, isto é guiar o novo povo de Deus, a
Igreja.
Veremos de fato
que Pedro desempenhando, depois da Ascensão, o papel de guia. Presidiu a
eleição de Matias e foi o orador do dia de Pentecostes. Mais tarde enfrentou a
perseguição de Herodes Agripa, que pretendia matá-lo para aplicar um duro golpe
no cristianismo. Implantou as fortes raízes do catolicismo em Antioquia, e
então partiu para Roma, onde reinava o imperador Cláudio.
A Igreja ganhou grande
força com a sua determinação. Alguns fatos históricos podem ser comprovados
através da epístola de São Paulo aos Romanos, do ano 57. Nela, este apóstolo
descreve o crescimento da fé cristã, em todos os territórios dos domínios deste
Império, como obra de Pedro.
Mas foi na capital, Roma, que Pedro deu impulso gigantesco à expansão do
Evangelho, até o seu martírio e a morte, que aconteceram na cidade-sede de toda
a Igreja. Conforme constatação extraída dos registros das tradições narradas na
época e aceita por unanimidade pelos estudiosos, inclusive os não cristãos.
Posteriormente atestadas, de modo histórico irrefutável, pelas escavações
feitas em 1939, por ordem do Papa Pio XII, nas Grutas Vaticanas, embaixo da
Basílica de São Pedro, e cujos resultados foram acolhidos favoravelmente também
pelos estudiosos não católicos.
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